domingo, 6 de dezembro de 2009

Metalinguagem e fronteiras textuais

Não poderíamos deixar de alertar nossos caros visitantes que uma das propostas deste blog é fazer uso da metalinguagem. Obviamente, o blog faz parte do vasto campo de estilos textuais de que se tem conhecimento até então.

A questão a ser discutida é: quais características fazem do texto "aquele texto" e quais recursos nos permitem separar em categorias tais "mosaicos".


Se até este próprio blog que se descortina sob seus olhos, digníssimo leitor, se trata de modesto trabalho acadêmico, teremos, afinal, rígida divisão de estilos?

Eis algumas das classificações mais atordoantes: narrativa poética e poema em prosa. Alguém capaz de apresentar-nos conceitos rigorosamente distintos de ambos?

Em breve, discussões exemplificadas

Ellen Joyce

2 comentários:

  1. Pautado no que nos é apresentado acima, importa salientar, que a principal característica dos gêneros textuais é, quiçá, sua maleabilidade na relação com outros gêneros, ou seja, a possibilidade de imbricamento entre dois gêneros. Assim, pode-se perceber, por exemplo, um texto do gênero conto com características de uma poesia, a exemplo dos textos de Clarice Líspector, mas o que vai defini-lo enquanto um ou outro gênero é, principalmente, a função que ele exerce.

    Antônio Miranda,09/12/09

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  2. Determinar fronteiras textuais é algo que está na dependência da concepção de texto na qual tal determinação se apoia. Um perspectiva mais formalista, pautada na conectividade interna (coesão), determina os limites do texto a partir de um início e fim determinados pelas fronteiras linguísticas. Numa perspectiva sociológica, a concretude do texto depende da ação do leitor (social e historicamente situado), sendo portanto necessário configurar o texto na estreita relação com o seu exterior, sempre atualizado pela ação de quem o interpreta. É, no caso, a leitura quem determina os limites do texto.

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